
B. 05.03.1996. BISSEXUAL. LOFT 123, UNIDADE 307.
Por Sun, aka Kantapon Anektanasuwan
sobre o apresentador! etnomusicólogo, cantor, musicista, produtor, compositor, luthier... e pai do folk it! the music counter theory podcast, um podcast sobre música, dança e teatro do mundo todo. sobre como as pessoas fazem música, por que fazem música, o que sequer é música (será que todas as culturas do mundo conceituam da mesma forma?) e por que isso tudo importa.

TRAITS! introvertido, mas tagarela, devoto, gentil, solícito, mente aberta, meio avesso a conflitos, persistente (ou teimoso...), carente, tendente à melancolia, viciado em trabalho, espiritual (ou supersticioso), curioso.BIG YAYS! música; idiomas; afeto físico sincero; romcoms; chá; debruçar-se por horas em estudos sobre qualquer que seja o tema do novo episódio de seu podcast; conhecer artistas menores, locais ou de arte popular; passar um tempinho a sós depois de alguma apresentação ou evento com muitas pessoas pra restaurar a energia; passar tardes frescas de primavera no parque; ir em templos (no geral); gatos; experimentar todo tipo de instrumento de cordas e de percussão.BIG YIKES! sentir-se comparado a outras pessoas; sentir-se em dívida com as pessoas; passar muito tempo com os pais; elitismo cultural; conflitos; rispidez; tomar remédio; café quente.
▶︎ sun recentemente completou um doutorado em etnomusicologia. antes disso, graduou-se em antropologia com um minor em linguística. pela união de todas as suas paixões, seu trabalho de doutorado se focou no papel da música em revitalizar e preservar idiomas indígenas em risco de extinção.▶︎ sua família é uma mistureba de pessoas de diferentes culturas e lugares do mundo. por isso, sun cresceu ouvindo idiomas diferentes: além do tailandês, tinha hindi, inglês e teochew. naturalmente, desenvolveu uma paixão por idiomas. aprendeu mandarim, e alguns dialetos por conta de seu trabalho acadêmico.▶︎ já quis ser músico, rockstar… quando era criança. depois desistiu da ideia, mesmo gostando de fazer música, de compor e de se apresentar em ambientes mais intimistas. tem seu soundcloud onde lança músicas próprias, e também volta e meia se apresenta em bares, pubs, restaurantes ou qualquer espaço que precise de um músico que cante ou toque ao vivo. mas não tem pretensão de viver de música, não se isso exigir ficar muito famoso. gosta mesmo de estar nos backstages, trabalhando em produção e composição.▶︎ já trabalhou um tempo como pianista num restaurante, e aceita bicos assim também.▶︎ é a ovelha negra da família. o irmão do meio, que não seguiu pelos caminhos bem-sucedidos preferidos pela família: sua irmã mais velha é advogada, enquanto o mais novo estuda para ser médico. seus pais são do tipo que não veem arte como profissão. ficar estudando sem trabalhar de verdade, também não. hoje, sun vive para tentar provar que consegue se virar sozinho e sobreviver na carreira que escolheu. é de família rica, mas se recusa a aceitar um baht que for deles.▶︎ ironicamente, foi com os avós, que são luthiers e prendados em música popular, que sun aprendeu tudo que sabe sobre restaurar e construir instrumentos. foi aprendendo com eles desde pequenininho. sabe que eles mesmos criaram seus pais de forma similar à que seus pais criaram a ele e seus irmãos… mas, com os netos, foi tudo bem diferente.▶︎ tem uma relação complicada com os pais, de quem não quer manter contato, mas não consegue cortá-lo sem culpa. com o irmão mais novo, xodó dos pais, tem aquele apego complicado de quem ajudou a criá-lo, mas hoje ele e o mais novo vivem de se estranharem. sun é mais apegado à irmã mais velha, porém, e aos avós.▶︎ apaixonado, fissurado mesmo, em instrumentos de corda e de percussão. gostaria de experimentar todos os batuques do mundo. no entanto, sun toca mesmo piano, teclado, guitarra e violão, que considera seus pontos fortes.▶︎ é um tanto introvertido, às vezes até desajeitado quando o assunto é internações sociais. isso muda quando tocam em qualquer tema pelo qual ele é apaixonado, aí sun pode apregoar por horas. isso o fez descobrir um talento para comunicação que não esperava, que o levou a trabalhar como intérprete por um tempo em um museu. que o levou a fazer o podcast, também.▶︎ começou seu podcast no doutorado, quase um projeto de divulgação científica. pegou gosto pela coisa e decidiu mantê-lo. hoje até consegue uns patrocínios.▶︎ de uma família abastada, teve de aprender do zero como se virar feito gente, da faxina à comida. não é grande fã de fazer nada disso, mas hoje se vira bem, e até aprendeu a fazer umas receitas razoáveis.▶︎ sua vida amorosa está sempre recheada de situações inusitadas que rendem boas histórias depois. sim, a ex dele terminou com ele pra virar freira. e sim, ele ficou um tempo em uma situationship com uma dominatrix. ele não está procurando essas histórias, essas histórias que acham ele!▶︎ uma pessoa bastante espiritual, até mesmo supersticiosa (culpa da avó, também). acredita em tudo. tudo mesmo. por isso gosta de visitar templos, no geral, e aprender o que tiverem a ensinar. coleciona amuletos e pede licença pros espíritos antes de se meter em certos lugares. só não se mete muito com o deus cristão, acha melhor deixar ele quieto com o pessoal que jurou lealdade a ele.▶︎ também é fã de todo tipo de receitas caseiras pra curar a doença que for. tudo se cura com chá.▶︎ se se deixar, vive pelo trabalho e não pensa em outra coisa. precisa que o arrastem de casa às vezes.▶︎ fã de academia (exceto treino de posterior…), de nadar, e recentemente pegou gosto por muay thai.▶︎ apaixonado por gatos, não consegue ver um na rua sem querer levar um pra casa. por isso mesmo já foi lar temporário de alguns. virou lar permanentes de seis.▶︎ já foi fumante, mas parou. hoje tenta ficar longe de qualquer ponto de encontro onde tenha nicotina.▶︎ (nsfw! tw: shibari) se você fuçar bem na internet, vai achar fotos das vezes que ele foi modelo de shibari. não têm nudez explícita, nem shots completos do seu rosto, mas do perfil ou dele com olhos cobertos sim.
ooc notes! a/ela/-a, 21+, gatilhos são transtornos alimentares e gordofobia. temas de interesses: friendship, crack, fluff, angst, smut, romance.▶︎ como de praxe: o sun é um personagem fictício, as ações e opiniões dele não necessariamente representam a player. qualquer incômodo ou desconforto com ele, sinta-se livre para vir conversar comigo em ooc (respeitosamente) ou simplesmente mutar o personagem. sinta-se livre pra me avisar caso não queira que ele interaja com su(s) personagem(ns) também.▶︎ aceito headcanons e também todo tipo de interação. jogos, turnos: gosto bastante, mas nem sempre vou conseguir responder na hora. posso demorar um pouco. agradeço a compreensão.▶︎ prefiro interações orgânicas, sou fã de dm ic. mesmo assim, vou deixar aqui embaixo algumas conexões que acho que seriam interessantes para desenvolver com o sun. não gosto de combinar conexões importantes ou íntimas (amizade, romance, qualquer coisa de longa data). nesse tópico: sun está aberto a ships, mas prefiro desenvolvimento natural nisso também; não sou de fechar endgame só porque os personagens se beijaram uma vez.
▶︎ alguém que faz o podcast junto com ele (ou que já fez alguma participação em algum episódio).▶︎ qualquer pessoa pra quem ele já trabalhou - como compositor, produtor, ou até consertando algum instrumento.▶︎ ops! um dos seis gatos de sun fugiu do apartamento dele, e foi muse que encontrou a criaturinha.▶︎ vizinhes que já receberam a recomenda dê outre por engano.
▶︎ qualquer pessoa que já viu ele se apresentar ao vivo ou ouviu as músicas dele.▶︎ vizinhes que já emprestaram alguma coisa ume prê outre em momento de sufoco (e ‘sufoco’ pode ser = ‘vontade absurda de fazer cookies 1 da madrugada mas não tenho açúcar em casa e você tá acordade também’).▶︎ (nsfw) “você me parece familiar, já te vi de algum lugar” e o tal lugar é as vezes que ele foi modelo de shibari. é
EM CONSTRUÇÃO.
EM CONSTRUÇÃO.
flashback: new year's greeting.
ALERTAS DE GATILHO: relações familiares tóxicas (guilt tripping, triangulação familiar), menção a luto e morte de familiares.30.02.2025, SEGUNDO DIA DE ANO NOVO LUNAR."e quando você vai voltar pra casa?"com o celular seguro em sua mão, sun desviou o olhar para baixo. o sorriso fraquejou.havia certas perguntas que ele sabia que, invariavelmente, viriam. isso não o impedia de criar esperanças de que elas não viessem. de que, dessa vez, talvez a conversa tomasse um rumo diferente. sentia aquele espectro rondar todas as suas conversas com sua irmã, mas não o mirava nos olhos, na expectativa de que a mulher o esquecesse também.o espectro do restante de sua família.como se sea pudesse esquecer.“phi…”“”sun…,” ela o interrompeu, “eu sei que papai e mamãe são… complicados… mas ainda são família, né? você vai ficar sem ver a gente pra sempre?”sun engoliu em seco. entendia bem a implicação: ver sea ou seus avós de novo passava, necessariamente, por ver seus pais e seu irmão de novo também. além da criatura que a mais velha tinha arranjado para que ele chamasse de cunhado. família era família, apesar de tudo. era o que sea pensava, ele sabia. ela não era nada se não uma conciliadora.o silêncio alongou-se, pesando em seu estômago como se alguém colocasse pedra atrás de pedra nele.“os avós sentem sua falta. todo mundo, na verdade.”sun conteve uma careta.“eu também sinto a de vocês, phi... você sabe.”“então!”restou-lhe suspirar novamente. um dia a culpa ia, sim, devorá-lo vivo. sea sequer o acusava do que quer que fosse, mas ele se sentia, mais que nunca, uma criança birrenta. fazendo birra à toa. vai ver sua família não fosse tão ruim assim, e ele só era um covarde mesmo.não mudava o fato de que a ideia de ter de passar um fim de semana que fosse preso na mesma casa que seus pais lhe causava dor física.“agora não dá, phi… você sabe que as finanças estão apertadas…”“a gente te ajuda –”“não,” sun interrompeu, a voz mais firme, do jeito que raramente era. categórica. havia prometido que não aceitaria qualquer dinheiro que seus pais pudessem jogar na sua cara depois. que teria sua própria vida a despeito deles. que conseguiria, sim, trilhar o caminho que escolhera, com suas duas pernas e a cabeça erguida.claro que as finanças eram só uma desculpa, porém. não que fosse mentira: não estava podendo esbanjar ultimamente, sem mais a bolsa do doutorado para mantê-lo. mas, se tivesse dinheiro sobrando, ainda usaria aquela muleta. ou outra.foi a vez de sea suspirar. e sun até conseguia adivinhar tudo que ela queria dizer, mas também sabia que nenhum dos dois queria brigar agora.“desculpa,” ele murmurou, baixinho. como uma criança mesmo. uma que acabara de derramar um copo de leite sem querer, logo no vestido favorito de alguém que amava. “mas você ainda devia vir visitar um dia desses. você vai amar a coconutbox gallery..."“e posso levar o marido e tudo?” ela riu.sun riu junto.“pode, ué! já que é parte do pacote…,” encolheu os ombros, resignado.“e parte do pacote é que papai e mamãe nunca vão te dar sossego sabendo disso.”o rapaz sibilou baixinho. “ééé… pois é.” escolhas. ambos as faziam todos os dias. e acabavam ali, no que parecia uma rua sem saída. um muro cujas pedras nenhum ousava mover. “ah, phi! e as suas plantas? crescendo com saúde?
invariável também era que passasse o dia pensando em seus pais. sua irmã tinha aquele dom, de saber lhe pesar a consciência como ninguém. talvez porque sun não gostasse de desagradá-la ou chateá-la.seus pais também tinham percebido aquilo cedo, e passado a usá-la para tentar ‘resolver’ todo tipo de ‘conflito’ com ele. ‘sea, vai lá falar com seu irmão.' hoje, sun via aquilo como uma tremenda sacanagem.não significava que ele não se sentisse tremendamente culpado por colocá-la naquela situação.também não significava que não funcionava.passou o dia ruminando. inferno, tinha mesmo que ter decidido tirar folga? ainda mais num feriado frio como aquele. tinha que caçar algo com que se distrair, sem a alternativa de enfiar a fuça no trabalho. e, apesar de suas tentativas, ficava pegando o celular toda hora. abrindo o line. fechando.vai ver fosse verdade. estava sendo um filho bem babaca, não estava?no fim, acabou cedendo. abriu o line e digitou, com mãos instáveis, mensagens de desejos de ano novo. mensagens que soavam meio falsas, mesmo que fossem dolorosamente honestas. podia não querer olhar seus pais nos olhos de novo tão cedo, mas não deixava de desejar-lhes o melhor.a primeira resposta tardou uns minutos a chegar.📲 pai: Agora lembrou que tem pai e mãe? No segundo dia de CJ? 5555📲 pai: Quando você vai parar de graça e vir pra casa?📲 pai: Sabe que seus avós não são eternos?sun deixou escapar um suspiro pesaroso. a cabeça tombou, bateu na parede sem querer. como podia não saber daquilo, quando já tinha um avô a menos para mandar mensagem em datas como essa? como podia não dar falta dele?honestamente, o que mais ele esperava daquela conversa? já sabia que a resposta de sua mãe viria no mesmo tom, então abandonou o celular no sofá.ele era como um balão, e seus pais eram uma agulha das mais afiadas. aquilo não mudava, mesmo após anos, e o jeito que se sentia como uma criança de novo só o incomodava mais.45 minutos. daria-se 45 minutos, depois pegaria o celular de novo e pensaria em como responder aquelas mensagens.
sun is live! 📍 bombay grill
o bombay grill era lindo, na opinião de sun. tinha uma decoração para lá de refinada, generosa em cores e padrões geométricos que decoravam almofadas, tapetes e quadros. mesmo a iluminação ambiente era complementada por diya estrategicamente espalhadas pelo local — algumas maiores, outras menores; algumas sobre o balcão, outras penduradas, com correntes ornadas por lótus de bronze. sun gostava tanto de admirá-las.mesmo assim, era um restaurante local. um restaurante simples, até. familiar. não era o tipo de restaurante com umas tantas estrelas michellin e pratos que eram mais caros que seu aluguel; o tipo de lugar podia pagar um músico para iluminar as noites qualquer dia. não, as comidas dali tinham aquele gosto de comida caseira, muito mais gostosa que qualquer restaurante de luxo podia oferecer. e nenhum dos restaurantes de luxo em que sun já tocara podia lhe oferecer a mesma motivação para se empenhar.porque se empenhava. era mais diligente sempre que tinha uma daquelas preciosas chances de tocar no bombay — geralmente quando os donos decidiam fazer uma programação incomum para atrair mais movimento. era o afeto que sun tinha pelo lugar, porque genuinamente gostava de comer ali. lembrava-o das vezes que seu avô decidia ir para a cozinha e fazer um banquete que lembrava o velho do lugar onde ele crescera.fora o mesmo senhorzinho que sun passara a tarde atazanando via ligação de vídeo. abusava do que restava da audição dele para pedir um feedback de suas técnicas vocais, dos arranjos que fizera para tentar adaptar para canções de uma pessoa só todas aquelas músicas que eram cheias de instrumentos e vozes de pessoas diferentes. sun tinha um violão, backing tracks, umas tablas e um sonho. e um avô que era um exímio músico, embora se dissesse só um marceneiro. fora quem lhe ensinara a tocar tabla, pra começo de conversa.mas sun também se dedicava assim pelo afeto à equipe. pelos donos, que o haviam olhado com descrença quando ele aparecera pela primeira vez, respondendo ao chamado de alguém para tocar em uma bollywood night. até ele explicar como aprendera tudo aquilo — o que fora um bom quebra-gelo, aliás. daí, ele foi declarado “praticamente família”. então sun se dedicava em dobro, o triplo, na esperança de que eles lhe chamassem outra vez, e mais outra. por motivos que iam além da janta “de cortesia” que ele sabia que ia ganhar, além do pagamento da noite.sun havia se aquecido batucando coisa que nem devia, mas com aval dos donos, que cantarolavam junto dele uma música tãooo séria quanto why this kolaveri di. ah, sim. a tal da função social da música que sun tanto falava em sua skin acadêmica. gostava de vivê-la mais que tudo, mesmo que não se considerasse a mais sociais das criaturas. durante sua vida toda, música tornara tudo mais fácil.quando o relógio bateu 20:00, sun apareceu naquele espacinho reservado para ser o “palco” da noite. acomodou-se na cadeira. sorriu ao notar que o restaurante havia deixado um espacinho pacato para servir de pista de dança também, embora não tivesse muitos dos hits mais dançantes em seu set. e sorriu mais quando notou alguns rostinhos conhecidos nas mesas. em meio à pontada de timidez, sentia o coração acalentado. realmente tinha bons vizinhos. achara um espaço em que se sentir em casa ali.e, se sorriu um pouco mais amplo quando viu a pequena jihyo ao lado de iseul, quem podia julgá-lo? sun aproveitou que tinha o violão pendurado no pescoço e fez um coração com as mãos para a pequena.então, com toda sua força de vontade, retomou o foco.— que casa cheia, hein? coisa boa de ver — começou. e não se achava bom em começos, mas persistia.** — meu nome é sun, sim, tipo “sol”** — riu — e eu vou passar um tempinho cantando com vocês. e quem souber a dança de alguma das músicas que eu tocar, quero ver você dançando aqui, hm? — indicou o espaço logo diante de si, sobrancelhas erguidas em desafio. — e quem não souber, ouvi dizer que aquele senhor ali vai ensinar — com uma risada, indicou sidharth, o dono, com a mão. quem mandou ele estar dando bobeira contra o balcão ao invés de estar na cozinha? mas, se sun o conhecia, ele seria o primeiro a sair dançando por aí sim. — e, quem não conhecer nenhuma música, segue o bombay grill nas redes sociais que eu vou disponibilizar a playlist com as versões originais. vamos lá.então começou com os vocais potentes de uma música que fazia parte de sua infância: chaiyya chaiyya.